A asma é uma das doenças respiratórias crônicas mais comuns, juntamente com a rinite alérgica. Para conscientizar a população sobre a doença, causas, sintomas e tratamento, o dia 21 de junho foi instituído como o Dia Nacional de Controle da Asma.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a asma atinge mais de 20 milhões de pessoas no Brasil e causa mais de duas mil mortes por ano no país. Sintomas como falta de ar acentuada ou até mesmo dificuldade para falar as frases de uma só vez, podem ser sinal de crise.

Para quem ainda tem pouca familiaridade com a asma, ela é uma doença crônica que afeta a função e revestimento das vias aéreas ou passagens dos pulmões. Com isso, ela ocasiona o estreitamento das vias aéreas, dificultando a respiração. Alguns fatores externos, como poeira, poluição, pelos de animais e até alimentos (em casos raros), por exemplo, podem desencadear um ataque asmático.

A doença não tem cura, mas com o tratamento adequado os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo. Só que em casos raros, a asma pode até matar. Se a pessoa tiver alguma outra complicação clínica (problema de saúde), o corpo pode ficar ainda mais debilitado. No surgimento dos primeiros sintomas, o ideal é procurar um médico imediatamente.

De acordo com o médico pneumologista Luis Otávio Cintra Avezum, quando há suspeita de asma, o paciente é questionado sobre os sintomas e passa por exames, como um que mede o funcionamento dos pulmões, a fim de adequar o tratamento individualizado.

O tratamento é feito com medicação, principalmente anti-inflamatórios e as bombinhas, que embora tenha alguns efeitos colaterais, apresentam excelente eficácia, prevenindo o remodelamento dos brônquios, isto é, o endurecimento deles. Segundo o especialista, embora muitas pessoas tenham esse pensamento, as bombinhas não viciam, não matam e nem fazem mal para o coração.

O pneumologista explica que muitos casos se agravam pela falta de diagnóstico correto. Por isso é importante procurar um especialista, fazer o diagnóstico e, quanto mais cedo isso ocorrer, melhor será o tratamento, evitando assim as crises. É possível controlar muito bem essa doença e levar uma vida praticamente normal.

LUÍS OTÁVIO CINTRA AVEZUM
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